Identificação e Solução de Trincas, Fissuras e Rachaduras em Condomínios

Identificação e Solução de Trincas, Fissuras e Rachaduras em Condomínios

• Perícia de Engenharia

Nos condomínios Aimbere House Perdizes, no bairro de Perdizes, e no Maison Pacaembu, em Higienópolis, ambos em São Paulo, ocorreram trincas estranhas e os condôminos e moradores estão muito preocupados.

O Engenheiro Ansel Lancman, sócio e responsável técnico pela Lank Avaliações e Pericias em Engenharia, foi contratado para realizar uma análise dos locais e constatar o que, de fato, está acontecendo nesses condomínios.

Trincas, Fissuras e Rachaduras

Imagine que o síndico ou zelador esteja circulando pelo condomínio quando avista uma marca na parede. Ao observar de perto, percebe que não é apenas um risco, mas uma rachadura. Ou seria uma fissura? Talvez uma trinca?

“Qual é a designação correta para este tipo de problema?”

Embora esses termos sejam muitas vezes usados como sinônimos, eles na verdade descrevem estágios diferentes de uma patologia. A diferença principal está no tempo de surgimento e no tamanho da abertura. Para quem não tem conhecimento técnico, essas manifestações podem parecer iguais, mas há distinções importantes.

Fissura: Representa um estágio inicial, sendo uma abertura fina, geralmente até 1 mm, que aparece de forma alongada e, na maioria das vezes, é superficial.

Trinca: Quando a abertura atinge cerca de 3 milímetros, a fissura se transforma em trinca, criando uma divisão perceptível na estrutura, geralmente mais profunda.

Rachadura: Esse é o estágio mais avançado e requer atenção imediata, pois a abertura é maior que 3 milímetros, podendo até permitir a visualização de um lado ao outro da parede.

Como identificar?

Trincas e fissuras podem surgir tanto durante a obra quanto ao longo da vida útil do prédio, sendo uma das patologias mais comuns nas edificações. Em alguns casos, têm causas simples e fáceis de resolver, mas em outros podem indicar riscos significativos. Saber identificar e compreender a origem dessas aberturas é essencial para avaliar o nível de gravidade.

Uma forma de entender melhor é compará-las a uma "febre" que sinaliza um problema em nosso corpo; elas são sintomas de que algo está errado na estrutura. Rachaduras em lajes, vigas, pilares ou fundações são especialmente preocupantes e merecem monitoramento.

Como monitorar o desenvolvimento dessas anomalias?

Se você notar uma fissura, é importante verificar se ela está se expandindo. Faça uma marcação nas extremidades com lápis, meça com uma régua e registre a data e medidas. Após alguns dias, repita o processo para observar se houve alguma mudança. Qualquer evolução pode indicar a necessidade de um profissional para avaliar e orientar o que deve ser feito.

Como resolver o problema?

Diversos fatores podem causar essas aberturas, por isso, compreender a origem é fundamental para determinar se o problema é estrutural ou superficial. A boa notícia é que, com a orientação de profissionais, essas situações podem ser solucionadas de maneira eficaz.

A primeira etapa é identificar o tipo de abertura e sua causa. É comum que moradores tentem consertar por conta própria, mas é importante lembrar que nem sempre é possível resolver o problema sem intervenção especializada. Assim como com nossa saúde, a “automedicação” pode ser perigosa. Um engenheiro habilitado poderá indicar o melhor tratamento para a estrutura, assegurando que o problema seja resolvido pela raiz.

Portanto, evite soluções temporárias e estéticas e consulte sempre um especialista para garantir a segurança e durabilidade da edificação.

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